Entrevista - Lívia Lorena (Redenção)

Olá amigos, tudo bom? :)

Olha que emocionante, vai rolar a primeira entrevista aqui no blog e logo com uma das minhas autoras brasileiras favoritas *-*, Lívia Lorena, a autora de Redenção! (Caso queira ler a resenha...). Espero que gostem! :D Está muito legal rs.:

Julgue pela Capa Primeira pergunta e acho que já vou cair no clichê: Ruby é irritante, não tem como não dizer, mas como eu disse na resenha, eu gostei muito dela e ainda mais porque a achei muito corajosa. Ela tem um pouco de você mesma ou de alguém que conheça?

Antes de qualquer coisa, muito obrigada pela oportunidade!

Bom, vamos lá! A Ruby é uma personagem bem difícil de ser descrita. Eu nem posso dizer que a criei pensando em mim ou qualquer outra pessoa. Ela está mais para um pedaço de todas as minhas amigas talvez, uma mente cheia de conflitos demais, humana demais. Confesso que no final do Redenção também me dei conta que tinha escrito uma personagem bem complexa, que além de muito emotiva, faz de tudo um grande drama. O mais engraçado é que ela parece que criou vida e age sempre conforme seus reais princípios. Maluco isso né? Ela é muito emoção e eu sou mais fria, mais calculista, por isso não posso dizer que somos parecidas, apesar de eu ter plena consciência que nas situações às quais ela foi imposta, as coisas poderiam ser diferentes.

JPC De onde saiu a inspiração para criar uma história dessas, é incrível e parece tão possível mesmo, de onde veio a ideia de fazer os dois grandes grupos de vampiros, basicamente, controlando o mundo?

Sabe que eu sempre tive essas ideias de conspirações malucas?! Acho que de alguma forma ou de outra somos todos constantemente manipuliados ou induzidos a fazer algo que não queremos. E me pergunto constantemente se dezenas de acontecimentos não teriam explicação se atribuíssemos a conspirações do tipo. Como eu sempre gostei de vampiros ficou bem fácil e gostoso trabalhar com a ideia de que eles têm total controle sobre os humanos devido seu poder e imortalidade. Eu queria muito que o leitor pudesse sentir que – tirando a parte dos vampiros – esse tipo de trabalho em dominar as massas pode ser real de alguma forma que nós nem imaginamos. E que bom que você gostou e sentiu isso.

JPC Quais seus livros de vampiro favoritos?

Drácula – Bran Stroker e Mansão Blackwood – Anne Rice, são livros que eu gostei muito. Tenho também novos queridinhos que são os livros da Trilogia da Escuridão do Guilhermo Del Touro e do Chuck Hogan, que são livros com vampiros, mas que se aproximam muito da ciência. Super indico!

JPC Ceci é uma gracinha e eu a amei desde sempre, ela foi inspirada em alguém? Ou melhor, pra resumir, algum dos seus personagens foi inspirado em alguém?

Eu já tinha a imagem da Ceci muito antes da Ruby e o Aaron nascerem. O engraçado é que ela só tomou forma na minha mente depois que eu vi o filme A Orfã, onde tinha aquela menina fofa, chamada Max, umas das filhas do casal protagonista. Ela e a Ceci fisicamente nem são parecidas, mas de alguma forma vê-la me deu uma ideia de como ter uma criança muito meiga e ao mesmo tempo mais madura. O Aaron eu criei pensando no Matt Bomer (*_*). Se Redenção fosse virar filme ano que vem, ele seria o escolhido e eu não pensaria duas vezes. Fisicamente eu imagino a Ruby como essa moça da foto que está aqui! Linda né? (risos)

JPC Vi em uma outra entrevista contigo que você gosta muito de games, qual a influência deles na criação do livro? Porque realmente tem várias partes de ação que eu consigo imaginar perfeitamente em jogos e partes que dão medo. 

Hoje eu trabalho com games e tenho tido contato com eles todos os dias, mas sempre fui fascinada pela forma como as histórias são contadas de um modo que você pode alterar tudo, conforme suas decisões. Fico ainda mais deslumbrada com a quantidade de jogos que chegam tão próximos da realidade que nos fazem refletir dias sobre suas mensagens. E quando digo próximos da realidade, não é uma questão tecnológica, falo de uma questão de roteiro mesmo, a cada novo jogo, podemos ver histórias mais pronfundas, mais humanas. Parece um livro/filme onde você é quem tomas as decisões da personagem principal.

JPC Quais jogos você mais gosta, que ajudaram a criar esse mundo?

Resident Evil e principalmente Silent Hill. Redenção era para ter mais a cara de Silent Hill, mas quando eu o terminei percebi que a história havia ficado menos aterrorizante. A neblina que temos em Paranapiacaba veio diretamente de SH, a questão de uma possível Guerra biológica diretamente de RE. E o engraçado é que eu não joguei nenhum dos dois - ainda – por medo, mas acompanho suas histórias. (risos)

JPC E a música, tem alguma trilha sonora em especial para o livro?

Tem sim! Nossa se tem. Se não fosse pelas músicas, certamente nem haveria um livro. Eu costumo escrever com fone de ouvido na orelha e uma playlist daquelas. Adoro, Muse, Placebo, New Age, Alanis, Evanescence e 30 Seconds to Mars. Os que mais ouço são Muse e Placebo, sinto meu espirito ser levado à Casa das Tochas, é uma coisa muito doida.

JPC Sobre o processo de criação, queria sabe quanto tempo você demorou para escrever o livro. Teve muita gente pra ler e dar aqueles toques? Porque muitos autores esquecem que os amigos são ferramentas essenciais e achei que seu livro saiu no ponto, rs.

Demorei uns dois anos para concluir o Redenção e enquanto o redigia eu postava alguns trechos no Bookess para que as pessoas pudessem acompanhar a história e opinar. Lá tivemos uma aceitação bem bacana; foram mais de 100 comentários e muitas vizualizações. É engraçado pensar que a cada nova vizualização eu só faltava morrer do coração – ainda é assim hoje XD. Eu penso que literalmente a voz do povo é a voz de Deus, então nunca deixei de ouvir e pensar sobre tudo o que me falavam. Recebi muitas dicas de amigos que convivem comigo e muitas dicas de amigos da web, foi assim que conheci pessoas legais, que hoje eu tenho sempre por perto. Pessoas como você! =D

JPC Qual sua parte favorita do livro?

A parte que mais gosto é quando o Aaron conta pra Ruby sobre a ligação dos dois e quando o Stéfano está com ela, principalmente no final. Puxa, nem posso contra muito se não é spoiler né?

JPC E pra terminar, não posso deixar de perguntar... Já tem uma ideia do que

vai rolar em Sacrifício? Se sim, dá pra adiantar alguma coisinha além da sinopse

no bookess? rs *Pedindo demais? haha* É a ansiedade XD

Sacrifício já tem o roteiro todinho pronto. O que não queira dizer que ele sairá em breve, pois quero muito acertar nele o que errei em Redenção. Mas posso contar que as coisas ficarão bem complicadas pro nosso casal principal e pra cidade de São Paulo como um todo. Quero muito explorar mais os sentimentos dos outros personagens e principalmente os do Aaron. A gente viu em Redenção que ele é um cara muito pacífico e até altruísta, agora no segundo livro, vamos conhecer um homem um pouquinho diferente, mais vampiro. (risos)

Quanto a Ruby, ela também vai mudar, só que será uma mudança pra melhor. Na primeira parte da história ela ainda vai ser a mulher que conhecemos, mas depois de um certo acontecimento, vamos ver uma Ruby que terá plena consciência de sua nobreza e força. Eu estou super ansiosa para poder mostrá-lo para os leitores, tanto que já comecei postando os primeiros trechos de Sacrifício lá no Bookess. E posso afirmar com todas as letras que até o momento, já o amo tanto quanto Redenção. Aguardar pra ver as razões. =D;

Sinopse de Sacrifício:

"O mundo dos vampiros e dos humanos nunca mais será o mesmo. Ruby, já adaptada

ao seu novo estilo de vida e a sua condição, se vê diante de um vídeo que pode

colocar a perder tudo pelo qual os seus aliados e ela própria tanto têm lutado. Nessa

continuação do perturbador livro Redenção, somos apresentados a inimigos quase

invencíveis e ao colapso da cidade de São Paulo. Uma nova guerra está por vir e dessa

vez a mão que colherá os sacrifícios será a mesma que antes buscava redenção".

Beijos!