Resenha - O céu está em todo lugar

Oi gente, tudo bem? Rs

Olha… Essa é uma das resenhas mais difíceis que eu vou fazer na minha vida, fechei o livro não tem 10 minutos e quero fazer logo isso, porque sei que depois não vou conseguir passar tudo o que senti e que estou sentindo nesse momento. Rs.

“Anos atrás estava deitada no jardim da vovó e Big perguntou o que eu estava fazendo. Disse-lhe que olhava para o céu. Ele respondeu – Essa é uma concepção errada, Lennie, o céu está em todo lugar, começa aqui, anos nossos pés.” Pág. 183

Pra início de conversa... Eu sempre faço umas anotações durante minha leitura, normalmente um ou dois post-its pequenos. Dessa vez... Eu tenho 5 dos meus grandes. É, eu pensava MUITO durante o livro... Deixa contar uma coisa pra vocês?

Quem tá no blog a mais tempo, lembra que fiz um pequeno HIATUS em Abril, bom, o que aconteceu foi que eu perdi minha mãe naquela sexta-feira e não foi fácil, claro, é algo MUITO difícil e está sendo ainda. Então, assim, esse livro conta a história da Lennon Walker, ou Lennie, como a chamam o tempo todo, ela acaba de perder a irmã, em uma sexta-feira de abril. As coisas já começam por aí. (Eu to com medo de fazer uma resenha muito pessoal, então, me perdoem se não gostarem :/).

Lennie é muito doce eu a adorei de cara, seu sofrimento, sua confusão, sua entrega total a dor, por mais estranho que seja, me fascinou. Ela morou a vida toda com sua vó, que simplesmente chamamos de Vovó e com o Big, seu tio que tem gigantismo e já se casou 5 vezes! Sua mãe, tem um tal de “gene impaciente” que a faz se cansar de tudo muito facilmente e ela simplesmente sumiu no mundo deixando Lennie e Bailey (sua irmã) para trás.

Quando peguei o livro pela primeira vez li até o sexto capítulo e já fiquei com os olhos cheios d’água por duas vezes! Lennie sente como se perdesse sua irmã todos os dias. Uma novidade, uma conversa, uma besteira qualquer que veja e pensa “vou contar para Bailey e...” não, ela não pode mais contar, nem ouvir sua risada, nem ter mais suas conversas. Então, Lennie começa a deixar pequenos poemas espalhados por todo lugar, por toda a cidade, seja em paredes, bancos, papéis de bala, guardanapos e até nas pedras do rio onde ela e a irmã sempre estavam.

A vida estava toda em preto-e-branco na casa de Lennie – Apesar dos quadros das mulheres verdes da vovó, das paredes verdes e do maravilhoso jardim em que ninguém tocava, das rosas mágicas que te fazem apaixonar – até que um dia, na sua aula de música entra um novo garoto. Joe. Sabe aquela pessoa que parece um raio de sol de tão feliz, de tão sorridente? É ele, ele é lindo, é legal, é compreensivo e doce. Nem tudo são rosas, todos os livros tem seus clichês. Mas... Esse não é um deles.

Toby era o namorado de Bailey, e seu sofrimento é maior que tudo, senti muita dó dele inicialmente, até ele começar a se envolver com Lennie. Os dois se beijam e não conseguem se manter mais longe um do outro. No início eu não entendi, que dizer... COMO? ELE É O NAMORADO DA SUA IRMÃ! Porém, depois fui vendo que Lennie não gostava tanto disso, mas era inevitável. Ela precisava e Toby também. Os dois se sentiam mais... Próximos de Bailey, quando estavam juntos, mesmo sem conseguir se perdoar.

Como eu disse, me vi na Lennie muitas vezes, na verdade, muitas das coisas que ela falava já tinham passado pela minha cabeça. A culpa por acontecer coisas boas vindas da morte, a culpa por estar feliz e principalmente, o distanciamento dos amigos. Ela tinha a Sarah, sua melhor amiga, da qual ela se afastou muito... Afinal, os amigos tentam ajudar, mas sair, se divertir, nem sempre é a melhor opção. E isso causou certo distanciamento entre elas e aumentou a proximidade com Toby.

Mas logo ela percebe o erro que está cometendo estando com Toby; E com Joe visitando sua casa todos os dias – Porque ele percebeu o quão triste ela era – começou a se apaixonar, devagar, mas ao mesmo tempo de uma forma elétrica. Jandy conta a história de uma forma linda, o amor de Lennie florecendo – Literalmente, leiam e entendam u.u – por Joe é maravilhoso, dá um calorzinho no coração... rs.

“Você pode contar a sua história da maldita maneira que quiser.
É o seu solo” Pág. 287

Passei bons e maus momentos lendo esse livro, e terminá-lo, agora, não foi fácil, mas ao mesmo tempo me deixou tão... Feliz. O feliz pra sempre existe, mesmo você sendo uma romântica, nesse mundo terrível, que leu “O morro dos ventos uivantes” 23 vezes. Mas ao mesmo tempo fiquei triste, porque não queria que ele acabasse, queria lê-lo pra sempre! *-* Sempre e sempre. Peguei o livro no momento perfeito e o amo profundamente. Virou meu livro Favorito, 5 estrelinhas... E agora, depois dele, com certeza o nível para entrar nos favoritos aumentou, rs.

Então, tá lendo alguma coisa? Para e vai ler “O céu está em todo lugar”; quer comprar um livro? Compre “O céu está em todo lugar”. Quer chorar, rir – Ele é hilário também! – se divertir e se emocionar muito, sentido arrepios e borboletas no estômago? Leia “O céu está em todo lugar”!

Desculpem a resenha gigante, rs. Espero que leiam e curtam, em breve, promoção dele ;)

“Descobri que você me pertence – Aponta pra mim – Seu bumbum é meu!Sorrio. – Está zombando de mim?- Sim, mas não importa, pois o meu bumbum é seu também.” Pág. 405